PERIODIZAÇÃO TÁTICA E A EXTINÇÃO DO PREPARADOR FÍSICO, SERÁ?


Ao passar dos anos novos métodos de aplicação de treinos surgem e com eles novos conceitos e crenças voltadas para a manipulação de exercícios e linhas de pensamentos relacionadas a visão do desporto ou até mesmo do mundo fitness.

Essas inovações percorrem um a linha tênue entre inovação ou atualização dos conceitos e métodos de aplicação de treino, ou até mesmo exercícios, aparelhos ou acessórios de treinamento.

No futebol, as atualizações e inovações estão sempre atrás do mercado de treinamento desportivo, na maior parte das vezes quando algo novo é lançado e inserido no mercado, demanda muito tempo para os profissionais que norteiam o futebol aprenderem e buscarem coragem para aplicar esses métodos dentro do desporto.

Ao longo dos anos diversos métodos de aplicação de treinamento iniciaram uma mudança nos métodos de preparação física dentro do futebol, especialmente dentro da aplicação dos treinos de força e do treinamento funcional.

Contudo nas últimas décadas praticamente não havia mudanças dentro dos treinamentos técnicos e táticos, e quando ocorriam as pequenas mudanças pouco se modificava dentro do panorama geral de treino.

Sob esse panorama, apareceu um novo método de aplicação de treinamento dentro do futebol conhecido como Periodização Tática. Formulada pelos portugueses, tendo como grande mentor Vítor Frade e como grande “garoto propaganda” o técnico José Mourinho. Esse método é complexo e de grande valia e parte do princípio que tudo no jogo se resolve e dentro do sistema de jogo, através do treinamento e da postura tática dos atletas.

São formas fantásticas de organização dos sistemas ofensivos e defensivos com suas devidas transições que, na minha opinião, veio revolucionar a forma ortodoxa que o futebol era tratado dentro dos aspectos técnico e tático do futebol mundial.

Segundo os autores e seus seguidores, todos os componentes que regem o alto rendimento do futebolista moderno são treinados e solucionados com treinamentos complexos e voltados para o sistema de jogo. As características técnicas, cognitivas, de preparação física, entre outras são treinadas exclusivamente dentro do modelo de jogo.

Dentro dessa linha de jogo, nenhum treino nem exercício deve ser realizado fora do sistema de jogo, nem de forma complementar. Com isso todos os exercícios são executados dentro da postura tática determinada e traçada previamente pelo técnico e seus assistentes.

A inovação foi solidificada  e com isso inúmeros seguidores começaram a aplicar esse método de treino e perceberam que conseguiam êxito dentro dos jogos e competições, por razões claras e óbvias, abriram mão dos treinos técnicos/ táticos gerais e inespecíficos e iniciaram uma aplicação totalitária de forma específica e com isso os resultados apareceram como um “passe de mágica”.

A intensidade do treinamento é algo determinante dentro desse complexo e bem elaborado método de treinamento. Todos os treinos são realizados de forma específica e intensa, com baixa duração do treino.

Através desse método, uma teoria básica do treinamento desportivo foi seguida. “aumenta a intensidade e diminui o volume”.

Isso apesar de simples nos desportes em geral, no futebol era algo de difícil acesso pois em via de regra quem sempre aplicou os treinos técnicos eram os treinadores, que copiavam os modelos de treino que fizeram na época que atuavam como atletas, que era de um volume alto e uma intensidade baixa. Com isso se tornava um ciclo vicioso, onde todos sempre executavam os mesmo treinos sem inovação e mudanças, pois todos sempre faziam a mesma coisa, sem parar para analisar.

Com essa alta intensidade do treino com bola e a observação dos treinos equivocados e inespecíficos aplicados pelos preparadores desatualizados (corridas longas, intervaladas, entre outras….) os autores desse métodos e obviamente seus seguidores criaram uma nova linha de análise para o treinamento do futebolista moderno.

Segundo os adeptos dessa linha de treino, não existe mais o preparador físico, e sim os assistentes do técnico, que executarão os treinos apenas voltados para os sistemas de jogo, sem nenhuma carga inespecífica de treinamento.

Seria com isso a extinção do preparador físico?

Claro que não, temos que analisar com calma e com discernimento, sem radicalismo essa questão.

Poucos defendem a especificidade dentro da preparação física dentro do futebol como eu, penso que todos os treinos, independente da característica da carga (geral ou específica) deve seguir o princípio da especificidade. Treinos inespecíficos devem sim ser abolidos e não a figura do preparador físico.

Outro detalhe relevante seria a análise da aplicação do sistema de jogo para o aprimoramento completo do condicionamento do futebolista que é defendido pelos seguidores do método.

A aplicação dos treinamentos com bola, com mini campos, jogos amistosos e jogos oficiais já são o suficientes para o ganho e manutenção da resistência específica do atleta de futebol (Sargentim e cols, 2008), já não é novidade há muito tempo.

Mas o ganho e a manutenção da força e impensável dentro desse método. Os autores afirmam (sem nenhuma base científica) que com a aplicação do sistema de jogo o atleta de futebol ganha força específica através das diversas mudanças de direção em virtude do ciclo alongamento encurtamento. Com todo o respeito que tenho pelo método, e o admiro muito, essa afirmação é um equívoco, aliás é uma grande besteira, é impossível sem uma sobrecarga atingir o alto rendimento em qualquer linha de treinamento, em especial no concerne a força.

O treino específico com bola é sim um grande ganho, porém caracterizado como transferência ao treinamento de força prévio realizado antes de entrar no campo de jogo.

Obviamente estamos falando de treino de força específica, com pesos livres, acessórios ou até mesmo o peso corporal, não estamos em nenhum momento citando nem tão pouco, propondo treinos em aparelhos de musculação, que além de não ajudar, atrapalham o desenvolvimento da reatividade do futebolista.

Os treinos de força citados são atividades realizadas em cadeia cínetica fechada, com os sem saltos, contudo sempre de forma específica ao desporto.

Um dos princípios básicos do treinamento desportivo é o princípio da sobrecarga, que em conjunto com o princípio da especificidade regem o treinamento moderno independente da modalidade.

Esse dois princípios que são respeitados pelos autores da periodização tática onde através do sistema de jogo, aumenta-se o sobrecarga de treino, o deixando mais intenso e denso, proporcionando ao futebolista uma especificidade total na aplicação do treino com bola.

Contudo o princípio da sobrecarga não é respeitado na aplicação do treino de força dentro desse método. Apenas adaptar o sistema neuromuscular do futebolista aos sistemas de jogo, por mais intenso que seja não gera nenhuma sobrecarga para o ganho nem tão pouco manutenção de força, pelo contrário, se não for bem trabalhada causa perdas significativas de força ao futebolista.

Para se gerar uma sobrecarga dentro do treino de força, deve-se colocar obstáculos para que o futebolista possa desafiar e vencer esses desafios, que passam por levantar pesos, saltar, ou até mesmo tracionar obstáculos como o trenó, depois desses exercícios, a transferência para o modelo de jogo seria sim o complemento para possibilitar ao atleta um ganho de força e posteriormente uma adaptação específica dentro do campo de jogo.

Com esse método bem sincronizado, o ganho de velocidade, seria conseqüência natural pois a junção de um treino de força bem equilibrado e uma transferência plena para o treino específico, possibilitariam ao futebolista um ganho objetivo e imediato de velocidade específica de deslocamento em campo (mudança de direção).

Com isso posso afirmar que como estão dizendo os autores e seguidores do método que o cargo de preparador físico esta em extinção, é um grande equívoco, pois esse cargo esta em adaptação ao uma nova forma de se treinar e atuar.

A função do preparador físico moderno cada dia mais será de treinar e possibilitar ao atleta de futebol um ganho equilibrado de força específica para em campo com o sistema de jogo através dos métodos específicos seguir os conceitos da periodização tática e conseguir render em alto nível não apenas durante os noventa minutos e sim ao longo de toda temporada competitiva.

Vale uma reflexão aos seguidores assíduos do método que por muitas vezes não analisam e apenas repercutem aquilo que lêem e principalmente observam dentro dos treinamentos e falas das pessoas que defendem a periodização tática.

Não é possível um futebolista atuar mais de cinqüenta jogos em uma temporada sem um treino de força que proporcione um equilíbrio muscular e um lastro de rendimento que suporte a temporada competitiva, por isso que clubes que seguem os princípios da periodização tática como Barcelona, Real Madrid e Chelsea (para não citarmos mais) aplicam sim protocolos rígidos de treinamento de força para possibilitar o alto rendimento dos seus atletas, por mais que as pessoas que ditam a regra sobre o método digam que não, é uma inverdade, os treinos são executados sim e de forma completa ao longo da temporada competitiva.

O que certamente está se extinguindo é o preparador físico tradicional que apenas manda correr sem se preocupar com as decorrências específicas do treinamento do desporto. Cada dia mais o preparador físico no futebol é aquele que proporciona um equilíbrio muscular ao atleta de futebol através do ganho de força específica.

É necessária a atualização constante dentro do treinamento desportivo e em especial no futebol, a periodização tática veio ao encontro dessa necessidade, contudo afirmar que esta acabando o cargo de preparador físico é um erro tão grande quanto a petulância dos criadores do método.

Prof. Esp. Sandro Sargentim
Preparador físico de futebol
Autor do livro Treinamento de força no futebol
Coordenador da pós graduação em Ciências no Futebol- UniFmu
sargentim@fisiologistas.com

18 comentários sobre “PERIODIZAÇÃO TÁTICA E A EXTINÇÃO DO PREPARADOR FÍSICO, SERÁ?

  1. Gostaria de parabenizá-lo pelo brilhante artigo. Muito elucidador!
    Contanto cabe um pequeno adendo:
    1 – Com o time bem posicionado em campo e com as jogadas e movimentações bem ensaiadas o desgaste físico é bem menor durante as partidas desde de que haja um alto padrão técnico. A preparação física entra como suporte mantendo o conjunto e não os indivíduos, em alta performance.
    2 – A conquista do lastro fisiológico deve ser iniciada nas categorias de base, dando-se ênfase nos treinamentos aeróbios.
    Sucesso,
    Prof. Esp. MBA Carlos Perruci Faria

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    1. carlos, concordo com a sua resposta quase que por completa, contudo, acredito que a base do futebolista não é relacionada aos treinamentos aeróbios e sim aos treinos específicos com bola que desenvolvem a resistência específica, em conjunto especialmente o desenvolvimento de força e das suas manifestações.
      legal sua participação….

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  2. Inclusive quero indicar a série de entrevistas que fiz com o professor Jorge Maciel em meu blog, acima citado, que tem o intuito de esclarecer estas distorções que se foram criando sobre a Periodização Tática.

    Mais entrevistas sobre o tema serão postadas, assim como assuntos do mesmo perfil.

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  3. luis,
    é um grande prazer poder trocar informações contigo….
    mas em relação a essa entrevista o entrevistado com a eloquencia típica de quem defende esse método, não citou nada relacionado aos treinos de força, e tão pouco a nenhum aspecto relacionado a ciência que pudesse comprovar esse método.
    É uma pena, pois entendo que a força é a capacidade física mais importante em qualquer esporte de alto rendimento, e considero inadimissível defenderem um método que por “achismo” ou crença, simplesmente abre mão de uma forma tão objetiva de ganho de rendimento, sendo que a mesma apenas ajuda o ganho de rendimento, e não o atrapalha.
    Respeito a periodização tática, mas não concordo com o radicalismo e com a petulância de quem a criou e de que as promove.
    prazer enorme voltar a trocar informações contigo…

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  4. Posso afirmar que unir o treinamento específico de força ao treinamento com bola trás um excelente condicionamento físico. Digo isso por experiência própria. Parabéns pelo seu artigo e pelo seu trabalho Sandro,
    Um abraço

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  5. Sandro, boa noite

    Como me escrevi no facebook, fiz uma crítica já, a qual repassei ao meu amigo professor Rodrigo Casarin, que em breve deve me devolver e em seguida postarei aqui.

    O treino de força de fato é o principal “problema” digamos assim de entendimento sobre a Periodização Tática.

    Eu em tempos atrás também tinha essa idéia, tinha idéia de que não era possível chegar a determinados objetivos treinando somente no campo, em pequenos jogos etc… e muitas vezes fiz coisas complementares para chegar nestes pontos.

    O caso é que tempos depois, me auto-avaliando após estudos sobre o tema cheguei a conclusão de que a minha dificuldade, em entender e aceitar isso, como fazem estas pessoas é pelo fato da minha percepção, na época, da vida, ou da realidade digamos.

    Portanto este ai, o que para mim é o ponto chave, a percepção.

    Não vou entrar nos valores, pois isso é pessoal, ai vamos entrar na questão de jogar para ganhar ou de jogar para jogar e mesmo assim ganhar.

    O Capra cita muito isso nos seus livros, que é a nossa atual percepção de realidade, a nossa sociedade é reducionista, e mesmo os que tentar entrar num pensamento holístico, acabam trazendo este pensamento para o vigente reducionismo, que esta enraizado em algum local subconsciente da nossa mente, aprendemos a pensar de forma linear, aprendemos a seguir retas para chegar em objetivos, e o futebol assim como a vida não é linear. Esse é o pensamento científico convencional.

    Portanto não pode ser tratado assim. Cada vez mais eu vejo que a ciência que se diz hoje ciência nos trás uma falsa realidade de certeza, para nos gerar um comodismo, um comodismo de refletir novamente sobre o mesmo problema.

    Por exemplo, vejo macrociclos com determinados temas em determinadas épocas do ano, com determinadas valências ou estado em 5 ou 6 meses depois, porquê é um falso controle eu acho. É uma tendência de catalogação, eu mesmo sempre tive essa tendência, basta olhar minhas questões ao Jorge Maciel, muitas vezes busquei essa “receita de bolo” nas questões. É uma tendência do nosso contexto.

    A Periodização Tática é muito difícil de concretizar, muitas vezes pensei estar concretizando-a e não estava, porém ela é a mais condizente com o que considero o futebol de qualidade.

    A força é uma manifestação orgânica ao processo, vai se manifestar então de acordo com o o que determinamos, ela vai se manifestar se formos coerentes, assim como a velocidade, a resistência etc.

    O amigo acima colocou que o treinamento especifico de força em conjunto com o treino com bola leva a um excelênte condicionamento, concordo totalmente, é até mesmo lógico, mas com a Periodização Tática se consegue outras coisas, diferentes, próximas em certo sentido, mas diferentes, onde há ganhos em alguns pontos e perdas em outros.

    Não vou me arrastar muito aqui, se não depois a próxima postagem vai soar meio repetitiva.

    Grande abraço Sandro!

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  6. OBSERVAÇÂO: Como diz o Frade e o Maciel, a Complexidade (É fundamental ter noções de Pensamento Complexo, Pensamento Sistêmico dentre outras teorias que compôem a Periodização Tática em termos de fundamentação científica) é a ferramenta da Periodização Tática, logo todos os problemas devem ser encarados como complexos, nada pode ser retirado do seu contexto natural, pois ai passa a perder a sua complexidade, ou seja, empobrece como fenômeno.

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  7. muito legal parabens pelo artigo Sandro, mas quanto a periodização tatica, parece interessante por ser especifica da modalidade, mas como vc mesmo diz acredito ser indispensavel o treinamento de força, pois acho que com apenas esse tipo de treinamento (peridização tatica) o jogador estara muito mais propenso a lesões, por exemplo um jogador que chuta sempre com a direita, que esta constantemente em um equilibrio unipodal, se não realizar exercicios para compensar o lado esquerdo estará mais sujeito a uma pubalgia por exemplo, vc não acha?
    um grande abraço

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  8. Quero parabeniza-lo pelo artigo,e cada dia fica mais visivel que a presenca de um preparador fisico atualizado e nescessaria. Neste momento sou preparador fisico da selecao Nacional do Qatar ao lado de Sebastiao Lazaroni,como o tempo para treinamentos antes dos jogos das eliminatorias asiaticas e curto,e preciso sempre acoplar treinos fisicos,com movimentos tecnicos.Com isto estamos desenvolvendo um trabalho que tem dado resultados positivos.Nao existe uma formula definitiva,pois os profissionais precisam adaptacao as condicoes apresentadas. Abracos prof Carlito Macedo

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  9. Parabéns ao professor Sandro Sargentim p/ belissímo artigo. Desde o ano passado que tenho lido artigos, colunas e seu excelente livro (treinamento de força no futebol) e saiba que o tenho como um profissional impar na preparação física moderna, atualmente sou preparador físico do Juazeiro Social Clube e tenho colocado em prática os novos métodos de preparação física no futebol. Você Sandro esta de parabéns e nós preparadores físicos temos que nos modernizar tbm.

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  10. Parabéns Sandro!! Penso que os profissionais de nossa área precisam se libertarem sim de métodos engessados e ultrapassados, porém, com responsabilidade e conhecimento adquirido !! mas não fazendo o modismo!!
    o que nao podemos aceitar é algo na contra mão dos princípios que dão o norte para o desenvolvimento das diversas valencias fisicas para diferentes modalidades e assim o futebol!! precisamos de mais preparadores físicos e menos modistas ou inventores de finais de semanas!!!!!

    um grande abraço
    Fabiano Barros, Prof. Dr

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    1. pessoal,

      estamos todos conjecturando sobre o mesmo fato e o mesmo objetivo,ou seja,a qualidade do treinamento no futebol. qualidade está se que se desenvolve cada vez mais com diálogo e ciência. a periodização tática é mais uma linha de treinamento no futebol. como toda linha de treinamento tem seus aspectos positivos e negativos. começei minha carreira há 18 anos,influenciado pelas linhas mais tradicionais do futebol,principalmente aquelas usadas no leste europeu,antiga russia e bloco socialista. eram exercícios calistenicos,com corridas longas e muito trabalho de força e potencia aeróbia.exercícios sem uma especificidade com o esporte e com periodização influenciadas pelos antigos treinadores de atletismo (madvedev por exemplo). lembram? periodo basico…periodo competitivo.. périodo manutençao.. .. que horror!! mas algo de bom sempre tiramos e no meu caso que começei no gremio era (pra não dizer ainda é) a filosofia do clube ter atletas muitos fortes e que se impusesem fisicamente,independente da formação ou nao do atleta jovem. contra cultura é muito dificil lutar!!
      minha maior felicidade no futebol é ter conhecido a periodização tatica. hoje utilizo muitos aspectos dessa filosofia de treino mas como toda linha de treinamento não é completa e precisa alguns ajustes .um deles é o trabalho de sobrecarga citado pelo professor sargentim.
      o que me deixa mais feliz nessa historia toda é saber que ainda existe diálogo sobre ciencia e treinamento no futebol e pessoas com vontade de discutir,aprender e trocar informações. infelizmente pessoal,a grande realidade hoje do brasil não é essa vontatde cientifica e sim o achismo cada vez mais difundido e apoiado por pessoa sem conhecimento cientico. cada vez mais nossos comandados são hipnotizados pelo empirismo sem proteção e supervisao dos orgaos governamen tais conselhos,pais ou federações.

      grande abraço

      professor cesar fontana

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  11. acho que a melhor linha de treinamento é aquela que supre todas as necessidades do atleta em relação à especificidade do jogo e sua performance otimizada. abraço a todos.

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  12. Tudo Bem Prof. Sandro
    estive com vc no Curso de treinadores de futebol da Federação Paulista de Futebol junto com o Luciano Sato , acho que vc ira lembrar e conversamos um pouco sobre preparação Física, tenho tentado colocar a ideia de um treino mais especifico possível dentro do campo, com barras livres e sempre utilizando chuteiras e bolas, isto tem sido difícil com outros preparadores físicos que insistem em treinos intervalados e “transferência” após irem para a academia onde mandam dar 06 voltas na pista de atletismo….pois é ainda existe isto, na preparação da equipe do Noroeste de Bauru busco sempre utilizar o complex training pois gosto muito do método, ativação neuromuscular com as barras e posterior gesto esportivo especifico da modalidade, a discussão acima posso dizer que é claro que há o aumento de força quando temos uma sobrecarga de força no atleta e não somente correndo ou jogando pois segundo a formula F = m.a precisamos de uma massa somando-se a velocidade do movimento para termos força, no futebol o atleta precisa de potencia muscular e a formula para potencia é P = f.a ou seja, primeiro adquirimos força para com atividades de alta intensidade e pouco volume termos potencia, segundo RAMPANINI 2007 o melhor desempenho do futebolista esta diretamente ligado a sua maior habilidade de dar sprints repetidos e ele propôs um protocolo de avaliação dos atletas bem interessante e simples de ser realizado, chamado RSA ( Ability Sprints Repetead ) tenho certeza que não estou falando nada que vcs já não sabiam e não tenho a pretensão de ensinar nada mas a única dificuldade que tenho no treinamento para melhora da força e potencia e acho que falei com vc naquele dia do curso é com o controle de carga especifico para cada atleta, se vc puder explicar novamente se acha isto importante ou não e como vc realiza este controle eu agradeceria,
    muito obrigado e um abraço

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